sexta-feira, novembro 17, 2006

Paixão clarividente!

Desfrutando de um presente quase feliz e consentindo a presença intemporal e irremediavelmente obrigatória do passado já sentido, vou caminhando passo a passo em prol do que se seguirá! A descoberta de novos estados, formas de estar e respirações, por vezes até controversas, possibilitou a construção, talvez até metamorfoseada, do meu próprio universo. Agora já sei quantas veias me correm pelas mãos!
É entre águas movediças e traiçoeiras e entre fogos avassaladores e penetrantes, intimamente falando, que vou verificando a existência de um novo eu… aquele que se transforma e transporta toda a carga necessária do que já apreendeu, mas com linhas suficientes para a assimilação do que ainda há para conhecer.
Conheci uma nova pele, um novo olhar, uma nova respiração, um novo coração… ao fim e ao cabo, sou mais um dos mortais humanos que vitalmente necessitam de novos desafios, para que consigam emergir no quente e frio do simples e por vezes insignificante quotidiano, a que condenavelmente têm que sobreviver.
É tão estimulante como apaziguador de mágoas, esta nova descoberta de mim mesmo, metaforizada num outro ser, com tantos dilemas e anseios como eu próprio, enquanto universo independente e individual! Ciclicamente, findam-se momentos de eternização do que foi belo! Não obstante, descobrem-se novas belezas escondidas e submissas noutras passagens deste diário completamente uno com o meu próprio coração.
Cabe-me a mim, agora que escolho que pedra devo retirar do próximo passo e que já consigo contar as veias da mão, fazer com que não derrame sangue por esse caminho a que me propus percorrer…
Exaltações sensitivas, ultrapassagens perigosas ou mesmo rompimentos de imagens aguçadas pela incredulidade, fazem da vida um oceano de surpresas esperadas e longinquamente previsíveis pelo conteúdo dos próprios acontecimentos…
Vou esperar mais um pouco, nunca se sabe o que se passa do outro lado. Possivelmente, qualquer constelação que se evidencie, mas que prime pela diferenciação, deixará gorada toda a expectativa criada nessa esperança incompreendida, mas instantânea.

Todavia, só peço que nunca te esqueças… gosto de ti!