quarta-feira, dezembro 27, 2006

Inesgotável persistência

A beleza do sentir está intrínseca ao ser Humano! Na verdade, todos sentimos algo seja de que forma for. Podemos conter na ínfima caixinha das sensações “um algo” de qualquer cor, de acordo com a intensidade, imensidão e pré-disponibilidade com que tecemos as demais formas de sentir.
A cada dia que passa, diferentes serão as sensações tácteis, olfactivas, gustativas, visuais ou mesmo auditivas que nos ficarão escritas perpetuamente na lembrança e inquestionavelmente no mecanismo central das emoções. A conjugação do mais belo despertar com o mais singelo adormecer por vezes pode corromper as alegrias mais inebriadas pelo espírito do amor, ou por outro lado, pode deixar crescer o espírito resignado e conformado pelas lutas do nada.
A vitória da seguinte jornada é garantida pelos feitos da actual, desde que esta não se deixe embriagar pelo avassalador sentimento da perda constante e por isso, cessar toda e qualquer peleja. Não obstante, todas as (im)probabilidades apenas estarão desmistificadas após o veredicto sentenciar a certeza, não absoluta (devido à sua inexistência), mas relativa da incontestável negação.
Ainda assim, não deixa de ser voluptuoso lutar pela concretização das crenças mais escondidas nos meandros do coração, reflector da cor vermelha. A aceitação da preciosidade que se aufere, depende única e simplesmente de quem a demonstra e da forma como o faz, sempre no sentido do regozijo do ser que agora passa a habitar a nossa alma.
No que concerne directamente ao que ostento dentro de mim, garanto a vermelhidão de todo o meu ser, da mais ínfima parte à generalidade propriamente dita, e em simultâneo, afianço o desejo e a esperança da realização física sublimada ao mais puro sentimento.
Agora que já percepcionaste que é a ti que me refiro... Qual a longevidade da minha espera no desejo que a tua plenitude repare na minha?