segunda-feira, julho 17, 2006

Theme From Dying Young

Entretanto mudei de tema. Decidi regressar a Kenny G. por ser na realidade um marco da música internacional… o nome já vocês sabem pelo título… o conteúdo poderão desfrutar ao longo da leitura deste blog…

Futuros...

Passada a época da prova constante e festejada a entrada sistemática num novo ciclo, resta-me apenas esperar pelo amanhã.
A imponente transladação de estado acarreta toda uma carga de esperança comum de ano para ano. A crença caracteriza-se por uma obrigatoriedade futurista mas sobretudo longínqua. Transformam-se utopias em realidades necessárias, sonhos em previsões e vontades em certezas. Instintivamente não se pensa no Mal.
Não sou diferente, confesso. Nostalgicamente aprofundo a magia de outrora e canalizo-a para o futuro. Mas este ano diverge de muitos outros marcados pela estável igualdade. Este representa o cheiro do desconhecido, da mudança. Intensifica-se o querer saboreá-lo consciente das adversidades que possam daí advir.
Consome-me a incredulidade pelos espíritos vagabundos e flutuantes que pela impassibilidade anunciada ao agora, permanecem aprisionados ao passado. Devo dizer que por muitas vezes também mergulho num ciclo, cujas paragens se delimitam pela história do Ontem. Todavia, o olhar sempre emerge com a (in)definição da vida seguinte, quer pela roupagem com que tento vesti-la (quem sabe um meio para atingir o fim) ou quer pela verdadeira esperança acalentada e que hipoteticamente pode ou não residir na execução do clarividente som (a minha inegável essência).
Ainda assim, há que reflectir sobre o que já Sartre afirmava. Uma vez que a “existência precede a essência” e que está liberta de toda e qualquer influência alheia do mundo que a rodeia, até que esta se apodere dela com a devida oportunidade, devo inferir que, de facto, me considero possuidor da essência que eu próprio desenhar e da coloração nela contida, que o meu mais incrível eu lhe oferecer.
Apenas resta salientar que apesar da insegurança propícia a este inconfundível estado, digno de grande relevância, pretendo subjugá-la à mais ínfima parte de mim, na medida em que consiga tocar o céu, não pelas nuvens, mas pela escada da Terra…