terça-feira, janeiro 16, 2007

Hesitações


No silêncio de cada passo, na obscuridade de movimentos, na ambiguidade de cada hipotética crença que possa formular, vou continuando a acreditar que é possível! A cada dia que passa, a confusão instaura-se dentro de mim… almejo o sim… o não é garantido… mas temo o talvez!
Qualquer descoordenação sentimental da minha parte, aumenta toda a minha falibilidade de acção relativamente à tua. Compreendo toda a situação, mas não deixo de agonizar a cada segundo que te tenho sem ter… que te sinto sem sentir… que, na verdade estou contigo sem estar.
Sinto-me a arrastar o coração para um ciclo sem fim, sem saída, sem porto de abrigo… para um começo que teima em não terminar. O vazio da esperança ganha, tem a capacidade de piorar toda a ânsia de uma decisão concreta, firme e ponderada. Todavia, estou cônscio de que a melhor atitude é esperar persistentemente como tenho feito até então. Mas a dificuldade inerente à minha capacidade de espera é, na verdade o facto de ter a impaciência como algo assegurado.
Não falho às minhas obrigações… não esqueço as minhas promessas… nem quebro pactos… porém, a distância entre agir como pensamos e actuar segundo o que sentimos é mínima. Tenho medo! Tenho muito medo do sofrimento, do caos interior, da negrura sentimental… do inesperado!
Entretanto, o tempo passa… e o futuro é-nos sentenciado e até nos pune pelas decisões anteriormente tomadas… seja no passado desse mesmo futuro ou no passado do presente…
Nas circunstâncias que circundam os factos, não sei o que será o melhor: se racionalizar a questão, se seguir o que nos mandam as emoções… Mas seja qual for a decisão que tomares, eu só quero que saibas que estou de braços abertos e peito vazio até para recomeçar tudo de novo, se for necessário… pensa, escolhe, mas arrisca sem estagnar!