domingo, maio 07, 2006

Verdades...

Existem certas ocasiões na nossa permanente luta diária que a tornam cada vez mais significativa. A convivência constante com quem nos rodeia, embora seja vital para uma aprendizagem compartilhada, também não deixa de ter um lado inesperadamente falacioso e enganoso. É inegável que assim aconteça.
Poderia descrever aqui múltiplas situações que revoltam, desiludem e até entristecem, mas não valeria a pena pela importância imerecida pelos demais. Na verdade, o causador de tudo isto é a relevância não intelectual, mas emocional que dedicamos àqueles que julgamos essencialmente verdadeiros. Se assim não fosse, viveríamos muito mais desprovidos de desilusões constantes. Mesmo assim, o caso intensifica-se quando são pessoas inesperadas (ou talvez não) e que consideramos fazerem parte do nosso coração.
Sofismas e afirmações anacronicamente coadunadas com a realidade mas aceites como irrefutáveis e verdadeiras são actos efectuados por quem não nos apercebemos e justamente no momento mais necessário de apoio e amizade afirmativamente já declarada. Se outrora afirmava que emergíamos neste mundo marginal, actualmente sinto-me apto a declarar que é o mundo que tenta submergir a tanta delinquência mental e psicológica. É necessária uma reavaliação de competências natas e principalmente ganhas pela obrigatória convivência a que fomos impostos.
Todavia, não nos deixemos iludir por apontamentos simplicistas e que acarretam situações que se especulam ser de maior negrura. Devemos, sim, elucidar a espuma das ondas, sobre a sujidade que o mar tem. Há que atribuir a devida importância a cada riso de esperança, esquecendo a forma fervorosa com que sofremos em vão.
Vozes inconscientes mandam no esquecimento, para que a lembrança perca protagonismo. No entanto, actos palpáveis e completamente equidistantes do Verdadeiro Saber Ser, derrubam toda e qualquer réstia de sentimentos longínquos.
Anseia-se a lua, sem se atingir o sol… erro fatal para o espírito ingénuo e inexperiente para a vida evolutiva. O amanhã encontra-se cerrado pelo aglomerado de condicionantes que o cerca acerrimamente, sem deixar que se conquiste a tão esperada situação desenvolvimentista. A inspiração no passado pela força dos seus erros e a intensidade do presente que tão bem nos faz ter esperança acarretam uma grande carga dúbia: ou o desejo de inércia ou o exorcismo de “factos e circunstâncias” que desagúem num novo estado de vida. O homem, enquanto ser dual, deve procurar manter-se estático perante uma recaída no seu lado mais marginal, mas ninguém espera as intempéries do quotidiano e quem sabe se não haverão frutos colhidos depois do mau tempo passar…