
A cada dia que passa, diferentes serão as sensações tácteis, olfactivas, gustativas, visuais ou mesmo auditivas que nos ficarão escritas perpetuamente na lembrança e inquestionavelmente no mecanismo central das emoções. A conjugação do mais belo despertar com o mais singelo adormecer por vezes pode corromper as alegrias mais inebriadas pelo espírito do amor, ou por outro lado, pode deixar crescer o espírito resignado e conformado pelas lutas do nada.
A vitória da seguinte jornada é garantida pelos feitos da actual, desde que esta não se deixe embriagar pelo avassalador sentimento da perda constante e por isso, cessar toda e qualquer peleja. Não obstante, todas as (im)probabilidades apenas estarão desmistificadas após o veredicto sentenciar a certeza, não absoluta (devido à sua inexistência), mas relativa da incontestável negação.
Ainda assim, não deixa de ser voluptuoso lutar pela concretização das crenças mais escondidas nos meandros do coração, reflector da cor vermelha. A aceitação da preciosidade que se aufere, depende única e simplesmente de quem a demonstra e da forma como o faz, sempre no sentido do regozijo do ser que agora passa a habitar a nossa alma.
No que concerne directamente ao que ostento dentro de mim, garanto a vermelhidão de todo o meu ser, da mais ínfima parte à generalidade propriamente dita, e em simultâneo, afianço o desejo e a esperança da realização física sublimada ao mais puro sentimento.
Agora que já percepcionaste que é a ti que me refiro... Qual a longevidade da minha espera no desejo que a tua plenitude repare na minha?